Quando eu vejo essas discussões sobre como
ocupar os jovens até os dezoito anos, fico filosofando se somos todos tapados,
ou tapados são apenas os legisladores deste País.
Não sou detentor de como é em outros países,
mas sei que o ensino médio é bem diferente deste que oferecemos aos nossos
alunos. Em muitos desses países que são considerados de primeiro mundo, o
ensino está voltado para o pragmatismo social. Os jovens são preparados para
assumirem responsabilidades sociais e profissionais. As escolas mais modernas
os preparam para descobrirem alguma inclinação natural ao trabalho com o qual
retribuirão o ensino recebido, sendo úteis e produtivos.
Além do mais, não são proibidos de
trabalhar como aprendizes de profissionais, ou em empresas. Isso pode ser
considerado aprendizado profissional, onde treinam para entenderem o processo
social.
Aqui no Brasil, o esforço dos governos vai
justamente ao sentido oposto. As “crianças” são preparadas para curtir,
praticar esportes, musica, dancinhas e outras amenidades de lazer, como se
fossem herdeiros de riquezas incomensuráveis.
Esquecem que, no esporte o importante é o “KARATÊ”.
O cara ter um talento especial, para com isso comprar o carrão, o casarão, as
companhias gostosas e curtidoras...A música é a mesma coisa. Alguns conseguem
gravar o CD e viver de fazer barulho na cabeça das pessoas.
Custaria muito, ao invés de galpões de
esportes, usarem esses espaços para escolas profissionalizantes ? Uns lugares onde profissionais práticos e
artesãos ensinariam os futuros desempregados da música e do esporte a trabalhar
honestamente para não terem que viver invejando o cara que tem?