Uma dúvida que volta e meia atinge me assola.
QUAL É A MINHA, AFINAL ?
Alguns parcos amigos que "ousam" ler minhas postagens e meus comentários, devem ter notado que eu não tenho um foco. Meto o bedelho em quase tudo. Comento desde Buracos Negros até Atracação de OVNIs. Passando, é claro, pelas minhas preferências estéticas sobre tudo aquilo que possa ser visto.
A NET está invertendo a posição do Indivíduo no mundo. Antes, para que ele pudesse conhecer alguma coisa, deveria levantar a bundinha do sofá e partir pra aventura. Correr riscos de atropelamento; de cair em algum abismo inesperado; de se perder num deserto; de encontrar alguém que valesse a pena se apaixonar, mesmo sem conhecer a "peça"; de tantas coisas que nem lembro mais como era.
Hoje, sentado diante da telinha do monitor, vejo até coisas que nem queria, e conheço pessoas que, nem vivendo uma vida inteira com elas, as poderia conhecer.
Leio os Clássicos sem me aborrecer com as Bibliotecárias. Gibis que colecionava, jornais do dia em que estreei no planeta.... Até os Catecismos de Carlos Zéfiro estão disponíveis. E morro de saudades daquele tempo em que só de imaginar o que as mulheres escondiam por debaixo da roupa, me deixava com febre imaginária.
Me declaro REINALDISTA e um OLAVISTA militante. Embora nem sempre concorde com eles. Mas, são poucos os que estimulam a reflexão sobre tudo isso que está ai. Então, praquê ler os outros, se de chato eu me basto ?
Eu só sinto que não tenho mais nenhuma possibilidade de me tornar um "ESPÍRITO ENCICLOPÉDICO", pois tenho que me render ao velho e bom Sócrates: - QUANTO MAIS SEI, MAIS SEI QUE NADA SEI.
Mesmo assim me declaro COMENTARISTA ASSUMIDO. E quem quiser gostar de mim / eu sou assim...Como diria Paulinho Viola.
